HISTÓRIA DE CAFARNAUM



Cafarnaum é um município brasileiro do estado da Bahia. Recenseada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população era de 17.212 habitantes. Em 2015, ficou em terceiro lugar dentre os municípios baianos no Ranking da Transparência do Ministério Público Federal (MPF) Durante o mandato do prefeito Euilson Joaquim da Silva (2013 - 2016). O território do município era habitado pelos pataxós. No contexto da procura de ouro e pedras preciosas no século XVII, foi formado o arraial de Cafarnaum a partir da atração pelo solo fértil. O topônimo faz referência à cidade localizada na Galileia citada na Bíblia. Emancipação - A 7 de junho de 1961 entrou em tramitação na Assembléia Legislativa o projeto para sua emancipação. A 24 de julho de 1962, o Diário Oficial do Estado publicava o desmembramento do município de Morro do Chapéu. A 7 de abril de 1963, com as presenças de várias autoridades, foram realizadas as solenidades para a instalação da Câmara e para a posse do seu primeiro prefeito.


ADMINISTRAÇÃO



Estes foram os prefeitos que governaram a cidade de Cafarnaum:
Edimário Neres de Souza (de 1993 até 1996);
Evilásio dos Santos Brasil (de 1997 até 2004);
Ivanilton Oliveira Novaes (de 2005 até 2012);
Euilson Joaquim da Silva (de 2013 até 2016);



GEOGRAFIA


Situado a 430 quilômetros da capital baiana, o município de Cafarnaum localiza-se a uma latitude 11º 41 37 sul e a uma longitude 41º 28 06 oeste, estando a uma altitude de 770 metros. Situada no nordeste do estado da Bahia, faz parte da Microrregião de Irecê e da Mesorregião do Centro-Norte Baiano. Limita-se com os seguintes municípios: ao Norte, Morro do Chapéu e América Dourada; ao Sul, Mulungu do Morro; a Leste, Bonito; e ao Oeste Canarana.


ARTE E CULTURA


A cidade tem distinta vocação para Arte e cultura com destaque especial para literatura, festas tradicionais, música, danças regionais e artes visuais. Péricles Coelho, político e pesquisador local, foi o pioneiro na pesquisa e registro da história da cidade e da sua gente. Seus escritos são uma fonte segura de informações sobre os primeiros moradores e feições habitacionais de Cafarnaum. Focados na descrição primorosa da geografia e dos usos e costumes daquela incipiente comunidade agrícola e pecuarista, seus textos exaltam engenho de um povo simples e inserido nas adversidades climatéricas do sertão a forjar a grande roda da história. Situada no semiárido baiano de onde partem os rubros ventos serranos percorrendo o mundo e tingindo os cinzas da caatinga, dela pouco se soube e para lá jamais se lançaram os eólicos mensageiros do litoral. Nessa remota exclusividade germinou o gosto literário e artístico de uma geração empenhada não apenas em florear obras diversas mas também projetar a sua sombra no cenário nacinal. A poesia do professor Ari Nascimento, os cordéis de José Martis e Moacyr Bernardes, a grande pesquisa histórica de Leandro Barreto, os estudos da música caipira e popular do professor José Ferreira Callado e os ensaios psicoemocionais de Elaine Montino são obras perfiladas no desenvolvimento econômico e cultural da cidade e lançam luz no pensamento das futuras gerações. As artes visuais sempre lograram de amplo espaço e estão entre as primeiras expressões artísticas produzidas nessas terras como testemunha o rico acervo de pinturas rupestres, objetos ritualísticos e domésticos encontrados em seus sítios arqueológicos. A produção artística do período inicial de emancipação política da cidade abrangia a confecção de adereços, máscaras, pinturas e instrumentos musicais que eram usadas em festejos tradicionais e religiosos. Essas peças eram, na sua grande maioria, feitas por artistas eou artesãos autodidatas sem a tradicional formação acadêmica mas que, nem por isso, deixam de esbanjar devoção e significados típicos da arte "naif" como se vê ainda hoje nas produções atuais dos distristos rurais do município. Zeinho, um grande artesão que também era arte-educador, é autor de muitas peças elaboradas com a utilização de fibras de sisal e sementes da caatinga. Suas obras embelezavam lares e ambientes daquela época tomando parte no mobiliário e decoração. Pepeto, um outro artesão e contemporãneo do supracitado, trabalhava a madeira produzindo, carros de bois, jumentos, cangaceiros, lavadoras de roupas e parte da feroz fauna sertaneja. Ele encantava as feiras livres ilustrando os costumes e labores daquela gente. São desse período também as primeiras obras onde se reconhece a consciência do fazer artístico. Manoel Rafflick, artista polivante e ainda em atividade, fez grande produção pictórica, musical, literária e escultórica inaugurando a imagem do artista questionador e engajado com as questões antropológicas e sociais tal qual a conhecemos hoje. Maria Aparecida, Nêgo de Calubi além de alguns grupos estudantis escreveram novelas, contos, jograis e peças que eram frequentemente apresentadas no clube recreativo revelando a identidade cultural da juventude cafarnaumense. Atualmente a cidade tem sido agraciada com uma nova geração de artistas que além de buscaram séria formação profissional e acadêmica, estão estimulando a apreciação, o gosto e o consumo no novíssimo mercado de compra e venda de arte que aos poucos se estabelece na cidade.